AVISO: ESTE TEXTO CONTÉM SPOILERS!
Eizouken é a história de Misuzaki, Asakusa e Kanamori. Três jovens que querem fazer um clube de animação na escola, mas acabaram tendo que burlar tudo, e criar um clube de audiovisual, por já existir um clube de anime na escola.
Asakusa é a personagem principal, e é a que eu menos gosto. Ela tem bastante cenas de imaginação que acabam travando a trama em algumas partes, como os primeiros 12 minutos do episódio 3. Ela sabe desenhar muito bem cenários e artes conceituais, e eu vou falar sobre eles depois.
Misuzaki é uma modelo super-famosa, cheia do dinheiro, mas por dentro, é mais uma otaku. Ela sabe desenhar personagens, ou seja, se completa com a Asakusa. Ela também é bastante imaginativa (em grau menor que a Asakusa) e seu dinheiro não é usado como recurso de trama, algo ótimo.
Kanamori é a pessoa mais pé no chão do grupo, é a minha personagem favorita do anime, e só está lá pelo dinheiro mesmo. Ela bota a Misuzaki e a Asakusa pra trabalhar, e é bastante realista no que fala. Ela não vai falar que é tudo um mar de maravilhas, ela vai dar um choque de realidade, mostrando que aquilo é sim trabalhoso para as personagens. Ela faz a trama andar, basicamente. É a engrenagem principal pra tudo acontecer. Podemos chamá-la de produtora do Eizouken Club (nome do clubinho delas).
Ok, agora vamos falar da direção e da arte deste anime.
Este anime foi a primeira obra do Yuasa Masaaki que eu vi. E a direção é fantástica. Ele sempre tem a melhor posição pra executar as cenas, tem umas escolhas artísticas espetaculares (como o estilo de traço nas artes feitas pela Asakusa), escolheu uma arte bem bonita, enfim. Uma direção realmente perfeita, inacreditavelmente boa, e que merece muita apreciação pelos entusiastas de arte no geral.
O traço é muito bem escolhido, pois ele mostra que elas são pessoas mais comuns, sem nenhuma peculiaridade, seguindo sua vida como gente normal. Então, o traço de Eizouken é perfeito pro contexto da obra, e não é um defeito como muita gente diz. Ele é incomum, principalmente pra um slice-of-life, mas ele não é feio, tem bastante capricho inclusive.
Os cenários são muito bonitos, alguns sendo até parecendo feitos de aquarela, uma belezura pra apreciar. Foi doce pra minha visão, eu nunca vi cenários tão belos (depois de Koe no Katachi e The Royal Tutor/Oushitsu Kyoushi Heine).
Mas, isto será como uma Imoreview, do canal Jumentossauro. Ou seja, eu analisarei episódio a episódio, como a história vai evoluindo e como eu estou achando, ok?
Eu não vi os dois primeiros episódios por que eu tenho uma péssima mania de não ver o primeiro episódio. Mas eu também não vi o segundo, pois todos diziam que o início de Eizouken era arrastado demais.
Episódio 3: A primeira metade é arrastadíssima, os primeiros 12 minutos são um saco. A imaginação da Asakusa atrapalhou o ritmo do episódio, fazendo algo simples ser maçante e arrastado. Eu me senti na pele da Kanamori, que estava sofrendo com as duas idiotas brincando de espaço-nave enquanto consertam um telhado. Nossa, muito chatinho. Só que a segunda metade tá bem legal! Eles desenvolveram mais a fama da Misuzaki, descobrimos coisas novas sobre ela, e como ela lida com os fãs de forma diferente de como lida com a Kanamori e a Asakusa. Eu achei isso bem real e interessante. Outro ponto pra essa segunda metade é que eles planejam todo o processo de criar o anime, dos quadros que elas precisam até o contexto. E no finalzinho do episódio elas começam a executar tudo o que planejaram, fazendo os primeiros quadros, bolando um contexto e estruturando a base da personagem principal do seu anime. Abaixo, a imagem da Misuzaki no telhado:
Mas no Episódio 4, a gente já consegue ver progresso. O problema é: descobrimos que a Misuzaki e a Asakusa são perfeccionistas demais. Acabaram fazendo cortes muito bem-feitos e esqueceram do prazo curto que tem. De novo, a Kanamori dá um choque de realidade nas gurias. Depois, mais pro fim do episódio, eu fiquei chocado com a direção, que nos colocou na visão do espectador, que sentia como se fosse um filme 4D. E o choque do Conselho Estudantil ao ver o fantástico trabalho do Eizouken Club e como elas ficaram reclamando do próprio trabalho, foi muito palpável, sabe? Achei inteligente. Melhor episódio.
Vem o Episódio 5, e já começa com elas sendo contratadas pra fazer um anime sobre um robô gigante do Clube de Robótica. Asakusa e Misuzaki já começam a discutir a história, enquanto a Kanamori vai direto pro chefe do clube falar sobre grana e tempo de produção. Finalmente, eles tinham alguma verba pra fazer seu anime, junto com o orçamento dado pelo Conselho Estudantil no episódio anterior. Eu estou aprendendo a gostar da Asakusa, e ela passou a Misuzaki no ranking das protagonistas de Eizouken, agora a Asakusa tá só atrás da Kanamori. Isso foi por que a Misuzaki tá um pé no saco, com seu perfeccionismo imbecil e irritante. Mais pra frente, elas pegam no flagra o Clube de Robótica planejando contra elas, e pegam a vantagem de negócios. O chefe do clube ainda se contradiz todo quando vai reclamar da proposta e o cara acaba num beco sem saída por sua imbecilidade. Abaixo, o robô gigante do Clube de Robótica.
No Episódio 6, o anime nos apresenta os clubes de Som e Arte. O Clube de Som só tem um membro e teve que se juntar ao de Audiovisual após um show de lábia da Kanamori. A galera da arte vai fazer os cenários enquanto vemos que a Asakusa é a diretora do projeto. Por fim, a gente vê a Asakusa sendo um saco. Abaixo, a Asakusa junto com o único membro do Clube de Som na Biblioteca Sonora.
Eu não lembro do Episódio 7.
No Episódio 8 tem mais trabalho em cima da Misuzaki, principalmente sobre a infância dela e sobre os parentes dela. A exibição do anime é sensacional, aquela treta com o clube de segurança foi muito bem-pensada. Foi um episódio muito bom.
No Episódio 9, vemos que as vendas de DVDs foram boas, mas nem de perto o suficiente que a Kanamori quer que o clube alcance. Então eles tiveram que vender seus animes fora da escola.
Os 3 episódios finais são bem interessantes e o final da série é bom.
O veredito final de Eizouken é uma nota 10.